Família Petrelli

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Informativo Família Petrelli - Novembro 2017

Kampala, Uganda - Novembro, 2017

Querido amigo e parceiro,

Como você sabe, nosso ministério requer do Rodrigo uma rotina de viagens, especialmente à regiões não alcançadas. Geralmente ele vai sem a família, pois João Pedro e Asafe são regulares na escola em Kampala – Uganda, onde vivemos. Desta vez, tivemos o privilégio de servir com ele; apoiando e trazendo treinamento à nossa equipe de missionários entre o povo Laarim, no Sul do Sudão.  





Povo Laarim

Estivemos por uma semana na comunidade Laarim. Constantemente ardendo em nossos corações o senso de responsabilidade e urgência da Igreja de Cristo (nós), em compartilhar o evangelho àqueles que nunca ouviram. Não existem igrejas nas aldeias Laarim e nem mesmo nas regiões próximas. Não há nenhuma Bíblia na língua Laarim, o nome de Jesus, até então, nunca se havia ouvido naquele local.

Um lugar de natureza muito bonita, porém extremamente remoto e rural. São ainda bastante primitivos, a maioria não usa roupas, com exceção dos homens adultos. Para se identificarem como Laarim, arrancam dois dos dentes inferiores da frente.  As mulheres têm o corpo todo marcado com desenhos feitos com agulhas e objetos cortantes. Se enfeitam com pircens e miçangas coloridas. Homens e mulheres tem papeis e lugares bem definidos. Homens, se reúnem nas sombras das árvores, onde as mulheres não são permitidas. Cada homem, tem por volta 10 mulheres e cada mulher em torno de 10 crianças. As crianças cuidam das vacas e cabritos, vão para a escola aos 12 anos de idade - em média (embora muitos adultos ainda nunca tenham frequentado escola, especialmente as mulheres).

A cultura Laarim envolve muitos rituais animistas, onde ainda sacrificam pessoas, quando há suspeita de alguém estar trazendo maldição ou morte ao vilarejo. Por exemplo, casos de morte por cólera no mês passado, foi interpretado pelos líderes de que um certo homem estaria amaldiçoando a comunidade. Assim, este foi enforcado em ritual com cantos e danças. 

Muitos não têm comida suficiente para alimentar sua família, contudo a maioria dos homens carrega armas de fogo e andam com elas pela vila. Durante o tempo lá, ouvíamos tiros como parte do dia a dia. Uma herança de mais de 50 anos de guerra vividos e ainda não terminados no Sudão. 




O que Deus tem feito através de nossa equipe em meio ao povo Laarim

É um grande desafio para as nossas famílias viver em regiões remotas e de difícil acesso. Sabemos que é um preço alto (sem comparação ao que Jesus já pagou por nós). Mas ainda muito difícil em tempos  de fastfood, internet 24horas, da busca constante do próprio conforto, de teologia da prosperidade... Servir em uma região não alcançada, vai totalmente contra a filosofia capitalista e requer sacrifícios. Uma postura de obediência extremamente necessária. Como ouvirão se não há quem pregue? Como conhecerão e viverão o amor Deus?  



Esta nossa equipe tem vivido com o povo Laarim há mais de um ano, investindo no aprendizado da língua e cultura. Já conseguiram traduções de diversas histórias bíblicas e se reúnem em diferentes “casas” para contar estas histórias. O povo está sedento, mas as histórias levam tempo para chegar ao ponto de traduzidas e contextualizadas. Através do testemunho de vida e amor que nosso time compartilha, muitos estão abertos ao evangelho. Os líderes da comunidade dão todo apoio necessário à presença missionária. Assim, nossos missionários estão se inserido na comunidade; aprendendo com eles e aos poucos também ensinando.  Mostrando as mulheres como costurar, os homens a plantar, clínica médica (temos 2 médicos, e 2 enfermeiros no time), noções de higiene, poços para água potável, investindo tempo com as famílias Laarim.   



Deus tem operado maravilhas naquele lugar, fazer parte desta historia é um grande privilégio. Clamamos ao Senhor que nos ajude a cumprir o nosso papel junto as diversas equipes em meio aos diferentes povos onde trabalhamos. Investir este tempo no Sul do Sudão foi uma grande benção para todos nós! Amamos e fomos amados; compartilhamos lutas, desafios, vitórias e conquistas; encorajamos e fomos encorajados. Somos uma exército lutando para arrancar almas do inferno. E que como um corpo bem ajustado possamos desempenhar nossas funções e talentos com amor, ousadia e unidade. Que Cristo, o cabeça deste corpo, nos capacite e guie a cada passo!

Continue orando:
-       Por mais missionários para as regiões não-alcançadas;
-       Para que Deus nos fortaleça a cada dia como família e nos capacite em nosso trabalho;
-       Para que o povo Laarim conheça o amor de Deus;
-       Por nossos missionários que vivem nas aldeias Laarim.

Seguindo juntos, por Ele e para Ele,


Pr Rodrigo, Valeska João Pedro e Asafe

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Informativo Família Petrelli - Setembro 2017

Kampala, Uganda - Agosto, 2017


“ Pois onde estiver o seu tesouro, ali também estará o seu coração” – Mateus 6:21


O povo Karamoja, vive na região Norte de Uganda, eles são considerados não alcançados pelo evangelho, pois menos de 2% de sua população é considerada cristã.


 Um povo sofrido...  Sua história contém diversos conflitos, batalhas, violência e mortes. Se consideram guerreiros, valorizam e perpetuam suas crenças. Um bom guerreiro Karamoja tem as marcas de suas vitórias em sua face. Fazem cicatrizes no rosto para que todos reconheçam, mesmo sem palavras. Também mostram em suas faces o número de animais ou riquezas que possuem. Se orgulham em exibir os rostos marcados.


Quanto mais mulheres um homem Karamoja tem, mais respeitado, mais rico e mais famoso ele é considerado na comunidade. São vaidosos; vestem-se bem coloridos, e com peles de animais. Usam brincos, colares e pulseiras. Cada cor com o seu significado.

Dançam muito, tocam tambores e chifres de antílopes. Dançam para conquistar um casamento, para o prelúdio de um combate, para ensinar lições aos infantes, para fazer feitiços e magias...

Vivem em ocas de palha. Cercam suas vilas, onde a noite guardam também os seus animais. Se protegem com portões de plantas espinhosas.


São pessoas com sentimentos e necessidades, bem como eu e você. Karamojas são amados por Deus!

Conhecendo o Norte de Uganda

Aproveitamos as férias de escola dos meninos, para como família visitarmos lugares onde temos projetos e equipes de trabalho. Lugares onde somente o Rodrigo tinha ido como parte do nosso ministério, mas eu e as crianças ainda não tivera o privilégio de conhecer. Foi uma experiência marcante e muito bonita. Estivemos em uma área Karamoja, com muitas diferenças culturais e uma natureza muito linda!


Visitar uma área não alcançada sempre nos traz um grande impacto. Nos choca, nos desajusta, nos faz sentir mais responsáveis, mais limitados, nos traz mais temor quanto ao compartilhar do evangelho. Nos faz refletir; de que mesmo em meio a tantas diferenças, somos ainda todos iguais e necessitamos do amor e da graça de Deus.


Na vila, perguntei a um rapaz Karamoja: “Aonde está o coração de um homem Karamoja?”, Ele me respondeu: “Nas vitórias de seus combates, nas riquezas e  quantidades de mulheres que possui! Eu, vivo para ser como o meu pai: matar animais ferozes, ter pelo menos dez mulheres e centenas de bois. Assim, a comunidade reconhecerá o meu valor”.

Queridos, como somos parecidos... Sem a presença de Deus, os nossos valores são trocados e a nossa identidade fica firmada nos tesouros desta terra. Onde está o meu e o seu tesouro? Que juntos continuemos a lutar para conquistar e acumular tesouros nos céus. Que o nosso maior investimento seja em vidas, e por vidas. Para que todos os povos e nações tenham a oportunidade de experimentar do grande amor de nosso Deus, até os confins da Terra! 


Motivos de louvor:

·  Viagem abençoada que fizemos ao Norte de Uganda;
·  Primeira fase do projeto Fuel (projeto de treinamento de novos missionários; estrangeiros e locais) foi concluída com vitórias;
·  O povo Laarim no Sul do Sudão vem aos poucos se abrindo para o Evangelho;
·  João Pedro e Asafe retornaram as aulas e estão bem adaptados.

Orem conosco:

· Pela equipe de missionários que foi evacuada da Republica Central Africana por motivos de segurança e agora estão sendo relocados;
·  Estaremos iniciando um novo TIMO time no Chade no início de 2018, estaremos recebendo uma equipe para trabalhar em mais uma aérea difícil, ainda sem acesso ao evangelho, maioria mulçum@na;
·  Por mais missionários locais e para que as igrejas Africanas entendam e assumam cada vez mas o seu papel de também enviar e apoiar seus missionários;
·  Por mais obreiros dispostos a servir em lugares com pouca estrutura e de difícil acesso, são nestes lugares onde se encontra a maior parte dos povos não alcançados e mais carentes.


Louvamos a Deus sem cessar por você que tem apoiado o nosso ministério!

Seguindo juntos, para Ele e por Ele,

Pr. Rodrigo, Valeska, João Pedro e Asafe Petrelli